KAEL
Acordei com a sensação familiar, ardente, quase incandescente, bem no quadril.
A maldita marca de meia-lua.
Ela queimava como se quisesse lembrar que ainda estava ali, que ainda era real. Mesmo quando eu tentava negar. Mesmo quando fingia que podia ignorar.
Rolei na cama, o rosto afundado no travesseiro, tentando afastar o eco daquele sonho. Ou melhor… pesadelo.
O rosto da garotinha, os olhos arregalados de terror enquanto chamas consumiam tudo ao redor. Ela estendia as mãos para mim, chamando meu nome. “Kael, me ajuda...”
Eu nunca consegui alcançar.
O zumbido do celular me arrancou de vez da memória. Alcancei o aparelho no criado-mudo com