KAEL
O cheiro metálico do meu próprio sangue preencheu minhas narinas, ou o que restava delas.
Nariz quebrado. Outra vez.
O gosto de ferrugem escorria até minha língua, e eu ri, cuspindo para o chão rachado da antiga fábrica no limite da cidade.
— Tá sorrindo por quê, Thorne? — rosnou um dos betas, cambaleando com o ombro deslocado.
— Porque você bate igual um humano cansado. — provoquei, e avancei de novo.
A estrutura de ferro rangeu com o impacto dos nossos corpos. O outro beta tentou me surpreender pela lateral, mas eu o senti antes. Me abaixei, rolei e o joguei contra uma pilastra enferrujada. O estalo do osso foi alto.