MADISSON
A porta se abriu com um estalo seco.
Por um instante, pensei que fosse mais um dos técnicos, até que o cheiro chegou primeiro. Quente, selvagem, impossível de ignorar.
Meu corpo reagiu antes da razão. Os instintos gritaram, um arrepio percorreu minha pele.
— Dorian... — o nome escapou da minha boca em um sussurro.
Ele entrou em silêncio, os olhos fixos em mim, como se avaliasse cada tremor, cada respiração contida. O uniforme preto moldava seu corpo, o colar metálico brilhando sob a luz branca da sala. Tudo nele exalava autoridade.
Meu coração batia em descompasso.
— Por que você está aqui? — murmurei, a voz rouca de raiva e medo.
Ele não respondeu de imediato. Apenas se aproximou, devagar, até que o ar entre nós pareceu vibrar. Então, falou.
— Madisson. — A palavra veio carregada, espessa, como um rugido contido.— Venha até aqui.
O som atravessou o ar e me atingiu em cheio. Meu corpo reagiu como se fosse puxado por fios invisíveis. Os músculos tremeram, o coração disparou e,