Capítulo 15
O primeiro Adormecido
Passaram-se três semanas desde o caos que abalará os alicerces do palácio da família Al-Nahyan em Dubai. O grito de Isadora, que despertou o príncipe, o sangue de Simone derramado para proteger a sobrinha.
Tudo ainda pairava como uma névoa densa nos corredores silenciosos, onde agora a esperança tentava brotar entre os escombros da dor.
Simone continuava na UTI, lutando entre a vida e a morte. O golpe de faca perfurou seu abdômen, atingindo órgãos vitais. Os médicos faziam o possível, mas o caso era grave. Mesmo sedada, o rosto da enfermeira parecia tranquilo. Como se soubesse que sua coragem havia salvado mais do que uma vida: havia devolvido a humanidade a um príncipe adormecido há dois anos.
Isadora, agora recuperada fisicamente do trauma psicológico, fazia visitas diárias à tia. Sentava-se todos os dias em silêncio ao lado da cama, segurando sua mão, os olhos marejados pela dor e pela culpa. Sentia-se responsável, mesmo sem ser.
Do outro