Giulia:

Algo estava errado. Eu sentia isso rastejando sob minha pele, como um veneno lento que se espalhava a cada batida do coração. Desde que descobri por que a LYN estava nos rastreando, não consegui parar. As noites eram intermináveis, e eu me afogava em códigos e anotações. As xícaras de café vazias empilhavam-se ao meu redor, monumentos silenciosos da minha obsessão. Leah me observava, preocupada, mas eu a ignorava. Matteo notaria em breve, mas isso não importava. Eu precisava continuar. A culpa me sufocava, e o desejo de destruir Cora Zhang e a LYN era a única coisa que me mantinha acordada. Eles não iriam sair impunes.

Isso não era apenas raiva. Era pessoal. Era o desejo arrebatador pela vingança.

Eu vi Matteo percorrer esse mesmo caminho. Ele vive nessa escuridão, nessa sede de vingança que o consome. Agora eu entendia. Sentia o mesmo veneno em minhas veias. Leah percebia isso também. Seus olhares silenciosos eram gritos que ela não ousava pronunciar.

— Ela ainda está nisso?