Capítulo 256
Oliver destravou o carro e entrou, jogando a pasta no banco do passageiro. Girou a chave na ignição, mas antes de sair, recostou a cabeça no encosto e soltou um longo suspiro. O dia havia sido exaustivo. O corpo doía, a mente girava e o perfume de Aurélie parecia grudado em sua pele.
Passou as mãos no rosto, tentando dissipar aquela sensação inquietante. Ligou o carro, ajustou o retrovisor e foi então que a viu.
Aurélie.
Ela estava a poucos metros, de costas, olhando para o pneu murcho do próprio carro com uma expressão frustrada. Ele a observou abrir o porta-malas, pegar o estepe, o macaco e a chave de rodas. Tudo com delicadeza, mas visivelmente sem muita prática.
Por um instante, hesitou.
Podia simplesmente ir embora.
Mas a imagem dela, inclinada sobre o carro, o cabelo balançando sob a luz amarelada do estacionamento, era mais do que ele podia suportar.
Desligou o motor e saiu do carro.
Aurélie estava ajoelhada, tentando encaixar o macaco no ponto certo quando ouviu o