Capítulo 5 Isadora se encolheu no sofá, segurando uma almofada contra o corpo, enquanto a tia andava de um lado para o outro, quase arrancando os cabelos. — COMO ASSIM NÃO LEMBRA? — gritou, bufando. — Estava bêbada? Isadora abaixou o olhar, apertando a almofada como se aquilo pudesse protegê-la da vergonha, do medo e da própria consciência. — Estava... — respondeu, a voz saindo pequena, embargada. — Que ruim, Isadora! Das grandes! — bateu na mesa, fazendo tudo tremer. — Já pensou se você está grávida... e vai se casar com outro? A tia respirou fundo, apertou as têmporas e começou a andar mais rápido pela sala. — De duas, uma: você teria que se casar imediatamente. Mas... se ele desconfiasse e pedisse um DNA... perderíamos tudo. — A voz dela saiu mais amarga, mais dura. — Então, vamos ao plano B. — Plano B...? — repetiu Isadora, franzindo a testa, piscando várias vezes, temendo a resposta. A tia parou, olhou diretamente nos olhos dela, cruzou os braços. — Sim. Vamos
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