Capítulo 117

Dona Aurora respirou fundo, fechando os olhos por um instante, como se estivesse pesando cada palavra antes de falar. Depois, se aproximou e colocou as mãos nos ombros do filho.

— Eu acredito em você, Alex. — O tom dela não deixava espaço para dúvidas. — Eu conheço o homem que eu criei.

Ele a olhou aliviado.

— Obrigado, mãe… mas não adianta. Mas, Isa não vai me ouvir.

— Não fale assim. — Ela segurou o rosto dele, forçando-o a encará-la. — Ela precisa de tempo para se encontrar. Mantenha-se sempre por perto.

Alex respirou fundo, e algo no olhar dele mudou, não era esperança, mas também não era desistência.

— Certo.

***

O som distante de um relógio antigo ecoava no silêncio da noite na mansão Blake, seu tic-tac marcando o tempo à gerações.

Isadora já tinha colocado as crianças para dormir e estava no quarto, sentada na beira da cama, olhando para uma mala aberta no chão.

Cada peça de roupa que colocava ali parecia um golpe no peito, seus sentimentos se misturavam: alívio, d