9. O PEDIDO DO CEO
Leonard guardou silêncio com uma expressão dolorida, mas não disse mais nada. O chofer, por indicação de Leonard, ligou o carro. Meu chefe continuava sem articular uma palavra, enquanto eu me afundava no assento de couro, tentando que o paletó cobrisse o máximo possível do meu corpo.
— Muito obrigada, senhor, eu agradeço muito —disse, respirando aliviada e um pouco envergonhada pelo que havia acontecido antes—. Desculpe, estou exausta.
— Não me agradeça ainda —respondeu muito sério, sem me olhar—. Receio que esta saída nos trará muitas dores de cabeça, a você e a mim.
Era a primeira vez que o via se comportar desta forma, e embora tivesse mostrado seu outro eu por um momento, continuava sendo um verdadeiro cavalheiro comigo. Ao chegar à minha casa, olhei para ele de soslaio.
— Esta é minha casa, senhor. Muito obrigada por tudo —ia descer, mas parei e lhe perguntei—: Você quer subir para que eu possa lhe devolver seu paletó? Talvez eu possa ajudá-lo a tirar a mancha da sua calça.
— Est