Olhei para ele, prendendo a respiração. Era a pergunta que eu havia evitado desde que tudo isso se reabriu como uma ferida que nunca cicatrizou. Mas agora, diante dele, sabia que não podia continuar fugindo.
— Você não poderia saber —respondi, e minhas próprias palavras me surpreenderam. Nunca foi fácil para mim justificar a dor que senti durante aqueles anos, mas naquele momento percebi que, assim como eu, Henry havia sido vítima da mesma maldita intriga—. Eu também te amo. Você é o único homem que amei e pretendo amar durante toda a minha vida. Vamos nos sentar; meus pés estão doendo. Coloquei esses sapatos para não parecer tão baixa ao seu lado, mas estão me matando.— Você não precisa fazer isso, amor. Eu gosto de você assim como é. Você é preciosa, minha Lúa. Venha, vou te dar uma mas