LuísaApesar de tudo que aconteceu no domingo, a semana foi surpreendentemente leve. Talvez por saber que Leonardo estava cuidando de tudo, com aquele jeito calmo e firme que me dava segurança. Ele evitava me sobrecarregar com detalhes, e eu sabia que, no fundo, era pra me proteger.No sábado, resolvi almoçar com meus pais. Já fazia um tempo que não aparecia por lá… e foi como respirar fundo depois de prender o ar por dias. A comida, o cheiro da casa.. Acho que eu precisava mesmo daquele lugar.Minha mãe me olhou com atenção assim que cheguei, os olhos percorrendo meu rosto, meus ombros, como se procurasse por algo escondido em mim.— Como você está, filha? — perguntou com aquele tom cheio de afeto e intuição. — Você tá mais magra… não tem se alimentado direito?— Ah, mãe… — sorri de leve, puxando uma cadeira e me sentando à mesa. — Tô bem, de verdade. A semana foi tranquila. Tenho tentado comer direitinho, prometo. Só… às vezes esqueço, sabe?— Você anda trabalhando demais?— Um pouc
LeonardoDeixei Luísa na casa dos pais dela e voltei para casa sem dar muitos detalhes. Apenas disse que precisava resolver algumas coisas. Não queria preocupá-la, não com isso.Voltar para casa foi o primeiro passo. Eu sabia exatamente o que precisava fazer, e tudo começava por reunir provas sólidas, sem deixar brechas.Na segunda-feira, entrei em contato com o gerente da sorveteria. Me apresentei formalmente, disse que precisava das imagens das câmeras de segurança do dia em que estivemos lá — a presença dele, a tentativa de provocação, tudo. Como advogado, eu sabia como pedir sem levantar desconfiança, e o gerente, após confirmar a data, me entregou uma cópia dos vídeos em um pendrive. Aquilo já era mais do que suficiente para mostrar que ele estava nos seguindo.Em seguida, fui até a loja onde Luísa o viu pela primeira vez. Pedi as gravações daquele dia e expliquei que era para fins de segurança. Não precisei inventar muita coisa — a gravação mostrava claramente ela tentando evitá
LuísaNaquela semana, me concentrei no trabalho e nos meus projetos da pós-graduação. Eu estava voltando a me sentir animada, como se as coisas estivessem, pouco a pouco, voltando ao lugar. Em casa, tudo corria bem. Às vezes eu percebia Leonardo mais sério, mais introspectivo — principalmente quando ele estava em seu escritório, concentrado demais. Mas, como casal, sentia que estávamos firmes. E isso me trazia paz.Na sexta-feira, resolvi fazer uma pequena surpresa pra ele. Pela manhã, pedi que me levasse ao trabalho, fingindo que era só por conveniência. Ele, como sempre, foi gentil.Durante o dia, finalizei algumas pendências, e quando deu três e meia, fui até o banheiro da empresa. Soltei um pouco o cabelo, retoquei a maquiagem e ajeitei a blusa — só queria estar bonita pra ele. Peguei minhas coisas, pedi um carro por aplicativo e fui direto para a empresa do meu pai. Queria encontrá-lo no fim do expediente, surpreendê-lo.Chegando lá, subi como de costume e fui até a sala do meu p
LeonardoLuísa se mexeu no meu colo, com a precisão de quem conhece cada reação do meu corpo. Se levantou só o suficiente para afastar qualquer barreira entre nós, e então se encaixou devagar… devagar o bastante para que eu sentisse cada centímetro dela me envolver, me dominar por completo.Não consegui conter o suspiro — rouco, quase um gemido. Ela começou a se mover, no nosso ritmo, no nosso tempo. Um ritmo que era só nosso, íntimo, necessário. Eu apoiei o rosto no pescoço dela e beijei a pele macia, inalando o perfume que me deixava ainda mais fora de controle.— Luísa… você vai me matar — sussurrei, completamente rendido.Ela sorriu, ofegante, os olhos brilhando.— Só se for de amor.Luísa acelerou os movimentos e, com ela se esfregando em mim daquele jeito, meu corpo inteiro reagiu. Gemeu baixinho no meu ouvido e aquilo… Deus… aquilo me fez perder o controle. Ela era maravilhosa. Minha mulher. Minha perdição.— Você é maravilhosa — murmurei, puxando-a mais para perto, com as mãos
LuísaEra semana do meu aniversário, e por algum motivo, eu estava realmente animada. Talvez fosse a calma no trabalho, ou o fato de estar conseguindo avançar nos projetos da pós-graduação — o que, pra mim, já era uma vitória. Eu amava desenhar. E, modéstia à parte, meus últimos desenhos estavam ficando incríveis. Dava um certo orgulho ver no papel aquilo que antes só existia na minha cabeça.Na terça-feira, recebi uma mensagem da Gabriella:Gabriella: “Amiga, quero te levar para almoçar no seu aniversário, e não aceito um NÃO como resposta.”Ri sozinha. Era tão ela.Luísa: “É claro que aceito, você acha que vou recusar comida de graça?”Gabriella: “Então combinado. Nos vemos na sexta. Te amo.”Desde o casamento, não tínhamos nos encontrado com calma. E além de comemorar meu aniversário, poderíamos colocar o papo em dia, matar a saudade. Eu estava realmente ansiosa.Leonardo me perguntou o que eu queria de presente, e minha resposta foi sincera: eu não queria nada material. O que e
LuisaÀs 06h30 o relógio despertou, era segunda-feira, eu estava naquela preguiça de final de semana, mas eu precisava levantar. Me espreguicei, passei a mão no rosto e finalmente levantei, fui ao banheiro, lavei o rosto, escovei os dentes, fiz um rabo de cavalo nos cabelos, passei hidratante e protetor, coloquei minha roupa de academia, coloquei o tênis e sai. Essa era minha rotina da manhã. Eu amava me cuidar, me olhar no espelho e me sentir bonita, claro que também havia a parte da saúde, era um momento onde podia escutar minhas músicas, organizar meus pensamentos e muitas vezes não pensar em nada.Era 08h00 quando cheguei em casa, lavei as mãos, fiz uma vitamina de abacate e precisava me arrumar para ir trabalhar. Tomei um banho, lavei o cabelo, sequei, coloquei uma calça preta, um scarpin preto, uma blusa azul marinho, fiz uma maquiagem básica para o dia a dia, peguei minha bolsa e saí de casa. Normalmente levava 45 minutos até o trabalho, eu amava o que fazia, era Design de inte
LeonardoFazia uma semana que eu havia voltado de viagem, passei 2 anos no Canadá, fiz uma especialização em direito internacional, queria melhorar meu inglês, e viver novas experiências. Quando me formei em direito, comecei a trabalhar na empresa da minha família, eu amava a área, mas sempre senti que eu precisava de mais, eu queria o mundo. Morar fora me trouxe experiência, conheci novas pessoas, amadureci, mas também perdi Helena.Nos conhecemos na escola, moramos no mesmo condomínio, mas só nos conhecemos na escola, ela sempre foi uma menina linda, cabelos castanhos,lisos, uma pele morena, o sorriso era maravilhoso, namoramos por 3 anos, mas antes disso, fomos muito amigos e claro, acabamos ficando várias vezes, antes de eu pedir ela em namoro. Eu era apaixonado.Helena era apaixonada por direito assim como eu, estudamos na mesma universidade, dividimos apartamento diversas vezes, nosso relacionamento era bom, levo, gostoso, mas acabou, não teve briga, não teve drama, apenas uma d
LuisaEle era lindo, eu realmente não lembrava muito dele e também não ficava procurando muito nas redes sociais, então estava totalmente alheia a sua beleza e eu só esperava que ele fosse legal.- Senhor Carlos, vou deixá-los conversar. Qualquer alteração necessária no portfólio, te comunico. Leonardo, seja bem vindo.Saí da sala deles e fui para a minha, fiz algumas alterações no projeto que estava fazendo, falei com alguns clientes e quando vi já era meio dia, peguei minha bolsa e fui almoçar. Naquele dia eu tinha muitas coisas a resolver, então decidi comer em um restaurante que ficava no mesmo prédio da empresa. Comi uma salada com frango grelhado e um suco de laranja, após terminar, pedi um sorvete, enquanto comia o sorvete, vi Leonardo entrar no restaurante com mais duas pessoas que eu sabia que era do jurídico, eles acenaram e eu fiz uma cara simpática. Leonardo realmente era muito bonito. Terminei meu sorvete e subi.Já eram quase quatro da tarde e eu já estava cansada de ta