Leonardo
Dezembro chegou, e com ele, aquele ritmo frenético que o fim do ano sempre trazia. O escritório estava uma loucura, prazos apertados, reuniões acumuladas, encerramento de contratos... Mas, ao mesmo tempo, havia um clima diferente no ar. As luzes, as músicas, a comida — tudo isso fazia parte do que Luísa sempre amou no Natal. E por mais que eu nunca tenha sido o mais festivo dos homens, confesso que aprendi a gostar dessa época por causa dela.
Tantas coisas aconteceram este ano... Tantas mudanças, momentos bons, difíceis, dolorosos e também bonitos. Não planejamos nenhuma viagem para as festas. Iríamos ficar em casa, com familiares. Organizar um jantar, trocar presentes com nossas famílias. E, claro, ela queria fazer algo especial para o projeto social. Era o novo amor da vida dela, eu sabia. As mulheres e crianças daquele lugar ganharam um espaço enorme no coração da minha esposa. E ela levava isso a sério — com compromisso, responsabilidade e afeto. Era impossível não admira