Luísa
O tempo passou.
Trabalhei muito. O projeto do resort estava indo maravilhosamente bem — dentro do cronograma, do orçamento, daquilo que imaginei na prancheta e, finalmente, se tornava real. Era gratificante ver tudo tomando forma. Eu me sentia plena profissionalmente. Útil. Capaz. Realizada.
Em casa, tudo ia bem também.
Eu e Leonardo estávamos mais fortes do que nunca. Amávamos um ao outro com profundidade, com certeza, com presença.
Ele ainda era o mesmo do começo — carinhoso, atento, sensível. Ainda me surpreendia com presentes em dias aleatórios, abraços demorados na cozinha, bilhetes em meio às minhas coisas. E na cama… ah, na cama, ele continuava me amando como se fosse a primeira vez. Como se meu corpo fosse uma descoberta nova, mesmo depois de tanto tempo. Nossa intimidade só crescia. E isso me fazia sentir viva.
Fizemos mais exames. Mais testes de gravidez. E, mais uma vez, era o negativo que nos olhava de volta.
Eu sorria, dizia “está tudo bem”, e no fundo, sabia que re