Alicia Pamuk
Desço do carro assim que Pablo estaciona, não vou esperar que ele abra a porta para mim. Evitá-lo é a melhor solução para esquecer o que aconteceu entre nós dois.
Ele só precisa dirigir e me levar para onde eu precisar e, se ele cometer qualquer deslize, eu o demito sem pensar duas vezes.
Passo pela portaria vazia, indo para o elevador na expectativa que ele esteja tão vazio quanto o hall. Vi que estava com sorte assim que a porta se abriu.
Não é nem duas da tarde e eu me sinto exausta.
O elevador pareceu estar mais lento, ou a minha ânsia de estar em casa me fazia acreditar nisso.
Saí do elevador correndo praticamente, quase dei pulinhos de alegria ao colocar os pés sobre o carpete da minha sala, joguei a bolsa em um dos sofás, tirando minhas sandálias em seguida e indo em direção à adega.
Preciso de álcool para digerir tudo que vem acontecendo na minha vida.
Minha cabeça estava começando a doer, beber uma garrafa de vinho seco em menos de uma hora não tinha sido uma b