Clã dos Lobos Negros
O céu estava claro e a lua iluminava o caminho no meio da floresta. Era possível ouvir vozes ao longe, embora o barulho dos animais noturnos estivesse ausente.
Não se ouvia o canto das corujas, dos grilos, nem o coaxar dos sapos.
Até as vidas mais simples da mata sabiam que havia um predador à espreita. Ele esperava a sua presa se aproximar para dar o bote.
Passos foram ouvidos se aproximando da fronteira do clã.
O grande predador oculto esperava lambendo os beiços, como o lobo mau que aguarda a Chapeuzinho Vermelho para devorá-la.
Saído das sombras da noite, ele veio ao encontro dela, tranquilo por já ter exterminado os sentinelas que protegiam aquela região. Ninguém viria por mais uma hora, tempo suficiente para caçar e levar a sua preciosa presa para o castelo de seus ancestrais, onde vivia.
Há poucos passos, sua aliada, com o rosto e corpo jovens graças à toxina de seu sangue, o acompanhava. Longos cabelos cacheados e negros refletiam a luz do luar, emoldurand