Vitório Greco
Acordo no chão do meu quarto com o corpo dolorido pelo lugar desconfortável em que passei a noite.
Provavelmente cheguei tão bêbado ontem que não consegui caminhar até na cama, ou não quis me deitar lá para não sentir o perfume dela que está impregnado em todo o lugar dessa merda de quarto.
Ao menos, consegui dormir uma noite inteira, mesmo que fosse porque estava quase em coma alcoólico.
Me forço a levantar e vou tomar um banho, optando pela água fria em uma tentativa de aplacar um pouco da ressaca, já devia ter me acostumado, tem sido assim já há algum tempo, só embriagado consigo acalmar a porra do meu coração que teima em sangrar por ela.
Às vezes, fico analisando essa situação e pergunto se não estou deixando o ciúme e a minha possessividade falar mais alto. Anna nunca me deu motivos para desconfiar dela, e Santino era alguém em quem eu confiava a minha vida. Tudo isso pode ser uma armação do meu pai e eu tenha fortes motivos para desconfiar dele.
Mas aí, começo a