— Então você ficou mesmo com uma babá? - Mônica perguntou outra vez achando graça da situação da amiga. E riu mais um pouco quando Lizzie revirou os olhos. — Meus pais também não estão felizes com o que aconteceu. Sua mãe fez questão de contar isso para todos aqui na minha casa. Eu acho que não gosto mais da delegada. Lizzie acabou parando o sorriso dessa vez. Numa simples chamada de vídeo, tentava se distrair de alguma forma. Mas não dava para se sentir tão a vontade sabendo que na sala havia um homem que não conhecia, sua mãe não respondia suas mensagens desde manhã, as horas iam se passando, a lua estava no céu ao lado das estrelas. Nem mesmo ligar para seu pai deu certo naquela noite. Será que eles estavam esquecendo que tinham filha? — Não precisa parar de gostar da minha mãe. Ela está certa. Não devemos queimar pessoas vivas - Repetiu o que lhe foi dito inúmeras vezes. E depois de tanto pensar, isso era verdade. — Não estou dizendo
— O que você disse? - Lilian levantou estufando o peito. Passou as mãos nos cabelos enquanto caminhava pela sala apenas para focar em todas as câmeras e então, parou atrás de Valentin. — Que todo mundo tem a oportunidade de te matar, mas ninguém faz isso, ninguém quer machucar a criança. Ela faz parte da nossa família. - Todos sabiam que falar de Lizzie e qualquer ligação com a família paterna deixava a delegada zangada, principalmente os Benett. Quando Valentin achou que havia ganhando naquele dialogo. Sentou as mãos pequenas da delegada se entrelaçar entre seus cabelos e no piscar de olhos, seu rosto foi prensado contra a mesa a sua frente, junto ao liquido ainda quente que ele mesmo jogou. — Eu não vou deixar você falar da minha filha. Ela não faz parte da sua família, ela é apenas minha. - O homem tentou ergue-se, sem sucesso — Então acho melhor você tomar cuidado com o que está falando se não quiser acabar com um tiro no seu pé, porque eu posso
Tristan adentrou aquela sala sabendo de tudo que tinha acontecido e mesmo assim, não acreditava de verdade que um assalto, ou qualquer um dos planos de seu pai havia dado errado. Oscar sabia muito bem como comandar um assalto, anos e anos de pratica levavam a perfeição, no entanto, aquele com certeza não era seu dia. Voltou para casa assim que soube de Valentin, e sabia que seu irmão estaria surtando e já armando tudo para buscar o namorado, porém, não esperou encontrar em Oscar um olhar desconfiado e desesperador. — Conseguiu voltar rápido? - Oscar murmurou ao ver o filho cruzar a sala para se sentar em um dos sofás — Parece que estava esperando para voltar a qualquer momento. — Não tenho interesse de ficar mais tempo na casa da mamãe. Mas ela com certeza iria gostar de vê-lo mais vezes por lá. — Parece que ela vai ficar mais um tempo sem me ver. Visto que temos um problema muito grande agora nas mãos. - Tristan apenas estreitou os olho
O cheiro de Seant nunca iria sair da sua mente. A cidade onde nasceu e cresceu ao lado de uma família era um dos lugares mais belos que já conheceu e também o pior para se continuar visitando. O carro parou novamente e Tristan desceu assim que a porta foi aberta. Os seguranças estavam por todos os lugares, alguns rostos conhecidos, seu nome sendo proferido o mínimo possível. A pessoa que iria encontrar certamente era muito importante, já que diante de todas as ameaças que sofreu apenas por pensar em voltar a Seant, seu pai havia o mandado novamente para fazer negócios. Ele nem mesmo era o homem que fazia negócios. A Boate estava cheia; música alta, bebida por todo lugar, mulheres, sorrisos, peitos… E passando por tudo isso lhe restou outro corredor mais estreito, foi guiado até a área VIP onde reconheceu o homem a qual veio encontrar. Revirou os olhos a tempo de vê-lo sorrir assim que sentou e foi servido com uma bebida quente. — Tristan Benett, é um prazer te encontrar - O homem do
As paredes pareciam diminuir a cada segundo que olhava para elas. A algema ao redor de seus pulsos começava a doer e isso ele não iria perdoar. Não via a hora de Arthuro aparecer naquela porta o levando embora, e ainda ia reclamar pela demora, no entanto, Tristan entendia o porquê de demorar tanto. Se Lilian achava mesmo que conseguiria um dia prendê-lo, ela está muito enganada. Por muito tempo, Oscar Bennett refez aliados com todo mundo, desde policiais aos promotores, ninguém prenderia seus filhos, pois eles saberiam como se defender dependente de qualquer coisa. Sentado ali no seu estado mais crítico, seus olhos se voltaram para a porta quando a mesma se abriu revelando Cassius, um dos detetives de Lilian, e logo atrás, ela com aquele sorriso sínico, mais alguns minutos e ele mesmo iria arrancar o riso do rosto daquela desgraçada. — Tristan Bennett é bom... Revê-lo? - Cassius parou do outro lado da mesa e jogou uma pasta diante dos dois com um sorriso no rosto, — seja bem-vindo.
Aquela noite não deveria ter terminado daquele jeito. Deveria está sorrindo, comemorando sua tão sonhada prisão, mas nada do que planejou deu certo. Dedicou dias, anos para o momento, só esqueceu que mafiosos jogam sujo demais, usam família, amigos, colegas e tudo que o puder livrar da cadeia. Entrou em casa jogando suas coisas onde podia, precisava de um banho, uma taça de vinho, tudo para fazê-la esquecer de mais um fracasso que logo, logo seria punida. — Mamãe. - A delegada virou devagar em direção à voz que surgiu na escuridão, respirou fundo quando avistou sua filha se aproximar com cautela. — Você chegou tarde. Eu pedi o jantar pra nós duas, mas… — Está tudo bem. Acabei me atrasando, mas estou aqui. Espero que já tenha jantado, não precisa me esperar todas as noites - Lizzie cruzou os braços a encarando dos pés a cabeça — O que foi? Estou bem. E estou aqui. — Está aqui agora. Sei que você tem um trabalho complicado… — A gente pode pular a parte em que você me dar um sermão
O olhar da delegada não mudou. Assistiu seu chefe ir embora com um sorriso no rosto achando que tinha feito seu trabalho muito bem feito, quando na verdade apenas lhe jogou uma responsabilidade que não estava disposta a carregar nas mãos. — Janie Jones… - Cassius murmurou aos poucos jogando-se contra a cadeira — Ela é uma espiã muito boa, e nunca deixou que um dos seus alvos escapasse - Encarou a delegada que quanto mais escutava, mas zangada ficava — Pensa nisso como uma premio, Lilian, ela vai prender o Tristan. — Eu não preciso de uma agente de vinte rostos para prender o Tristan, Cassius, não preciso. - Bradou ao levantar. Caminhou pela sala tentando elaborar um plano em que não tivesse aquela mulher por perto. — Para prender não, mas quem sabe para mantê-lo preso. - Lilian o olhou na mesma hora — A gente o prendeu três vezes nesses últimos anos e ele saiu pela porta da frente como se não tivesse acontecido nada. Sem provas, sem regr
O barulho da música era alto demais para o gosto de Lilian, mas ela deixou de lado enquanto caminhava atrás de Cassius que parecia saber o caminho exato por onde tinha que andar. As pessoas até o cumprimentava e quando mais gente falava com ele, mas Lilian achava estranho está ali dentro com um de seus melhores amigos atrás de uma prostituta de luxo mesmo sabendo que o detetive era casado.Chegaram a um ponto do lugar, e ele conversou com o garçom que os levou para a outra parte da boate, a melhor dela. O corredor era estreito, mas rapidamente revelou-se um lugar luxuoso, com mesas redondas escondidas atrás de cortinas de seda, velas, bebidas caras e gemidos ocultos. Quartos com paredes de vidro que só se via o negror, mas com certeza quem estava do lado de fora via todos que passavam por ali.Típico de uma boate clandestina onde todos podiam ir.— A gente está mesmo no lugar certo? - Lilian perguntou baixinho sabendo que seu corpo estava arrepiado. Devia está atirando em qualquer coi