Anna sorriu com os lábios fechados, mordendo o canto da boca. Ele sentiu sua respiração dificultada pela expectativa e imaginou em sua mente mil cenários possíveis. Não consegui ver nada, mas ouvi cada pequeno som, desde o barulho do cascalho sob as rodas da cadeira de Mikhail até o farfalhar do vento no ar.
Mikhail a abraçou com mais força, levantando-a de seu colo com reverente gentileza, como se estivesse segurando a coisa mais preciosa de sua vida.
"Não tire o cachecol ainda", ele murmurou com emoção contida, "estamos quase lá."
"Posso abrir os olhos agora?" ele perguntou, sua voz embargada de emoção.
Mikhail se aproximou do ouvido dela, mal tocando sua pele enquanto respondia:
—Só quando eu contar.
Anna soltou um suspiro trêmulo, mas decidiu se render completamente ao momento. Mikhail, com delicadeza incomum, girou-o delicadamente, mantendo o mistério no ar. De repente, ela sentiu o lenço de seda deslizar suavemente sobre seu rosto, libertando-a do véu escuro. Quando ela abriu os