Mikhail olhou para sua secretária, que agora se aproximava lentamente da mesa. Ao que o rosto pálido e os olhos vidrados a denunciaram.
—Senhor, por favor... Peço-lhe que me deixe manter meu emprego.
Mikhail a observou friamente, os dedos tamborilando na mesa de madeira.
"Vamos ver, me diga uma coisa", disse ele em voz baixa, mas com intensidade suficiente para fazê-la tremer ainda mais, "quantas outras coisas, semelhantes ou prejudiciais para mim, você fez pelas minhas costas?"
A mulher permaneceu em silêncio, mordendo o lábio inferior. Ele não sabia quantos problemas lhe causaria contar tudo ao chefe, mas queria manter o emprego. Era confortável, bem remunerado e com pouca formação, ter um emprego como esse era a realização de um sonho.
Finalmente, ele respirou fundo e decidiu arriscar.
—Bem… o cunhado dele me pediu para pegar uma cópia do exame médico e eu alterei…
Ela não conseguiu terminar antes que Mikhail fizesse um som rouco, quase animalesco, que a fez estremecer.
—Por que vo