INGRID
Liguei para Abner, para não ficar preocupado, ele quis ir comigo ao orfanato.
Passei na oficina, já peguei alguns doces para levar, as crianças amam os doces de tia Cida.
No caminho Abner questionou o que poderiam quer comigo, mas eu também não sabia de nada.
Como sempre acontece, foi uma festa a minha chegada, venho sempre ali, aprendi com papai, que fazia visitas, trazia doações, ajudava na manutenção do lugar, ali foi seu lar por dezoito anos.
— A sua bênção Irmã Clara!
— Deus abençoe vocês meus filhos, vamos até a minha sala.
Seguimos ela que estava diferente nesse dia, já acomodados, ela olhou pela janela, como quem vê além do que está ali.
— Naquela árvore, tem o nome, de dois jovens apaixonados, gravado. Dante e Dora. Eu era apenas uma noviça quando seu avô chegou aqui, com sete anos, os pais haviam sofrido um atentado, a polícia deixou ele aqui por segurança. Um menino lindo, você faz-me lembrar dele. Anos depois chegou Dora e seu irmão Daniel, acho que nunca chorei tan