INGRID
O nosso domingo foi tranquilo, mas estava com a cabeça a mil, nunca apareceu em mim, nem um tipo de sentimento por Dora, ela não quis ser mãe do meu pai, porque deveria querer ela como avó.
Por outro lado, sou humana, sensível, olho a dor do outro.
Após tudo que tio Otávio contou, fui pesquisar um pouco mais sobre a minha avó e avô.
Jornais velhos que acabaram sendo digitalizados, colaborou na pesquisa.
Os meus bisavôs eram pessoas de muito dinheiro, mortos de forma covarde, assim como o único filho. Já da parte de Dora, a família era miserável, quando morreram, ninguém sabia de onde vieram, nem um deles tinha documentos, uma senhora que é bem de idade, contou-me nessa segunda-feira, que eles eram ciganos, que o amor era proibido, por isso viviam fugindo, que viviam de doações.
Ela ainda falou que era pequena, mas lembra do velório, caixões doados pela prefeitura, tinha nomes por conta que a filha que vivia no orfanato falou, ela contou que a menina parecia ter uns cinco anos,