INGRID
O meu coração sangrava, nem quando fui traída por Olavo senti tanto.
Na verdade, percebi que nunca amei Olavo, sempre foi um relacionamento de conveniência.
Estava conformada, ia entrar num casamento sem amor, sem sentimento algum.
Éramos amigos, nem isso, já que ele não foi sincero comigo. Éramos conhecidos de longa data.
Ele soube enganar-me, enrolar, mostrar que era o homem perfeito, com os presentes, as declarações em público.
Claro hoje sei que tudo não passou de um teatro, eu servi para esconder quem ele realmente era, ele usava o meu carro para encontrar o amante, ele usava a casa onde dizia que iríamos morar para se encontrar com ele, até o nome da empresa foi usado para encobrir os encontros dos dois, pois sempre estavam em reuniões.
Mara diz que tive sorte, pois não me entreguei a ele.
Nunca tive o desejo de ser tocada por Olavo, os nossos beijos nunca passaram de beijos leves, puros castos. A esperta aqui achava que isso era tudo por ele me amar, por isso preservava