O tempo foi passando. Quatro semanas inteiras se passaram, e, contra todas as expectativas, Beatriz conseguiu o impossível: permanecer em repouso absoluto, suportando as dores, o tédio e a ansiedade, apenas pelo bem dos filhos.
Na manhã marcada, a equipe médica preparou a cesariana. A sala estava calma, mas carregada de emoção.
Quando os dois choros ecoaram quase juntos, o coração de Dereck se apertou e ele não conteve as lágrimas. Os pequenos eram miúdos, mas fortes, com um tom rosado e cabelos claros.
— São loirinhos como a Lily. — disse ele, a voz embargada, sem tirar os olhos dos filhos. — Realmente, mãe, a senhora tinha razão, eles são a cópia dele.
A doutora sorriu por trás da máscara e comentou:
— Então quer dizer que a Lily é a sua cópia, papai.
Dereck riu baixinho, enxugando os olhos.
— Beatriz,— a médica virou-se para ela, com um olhar caloroso. — Você só carregou no ventre, porque eles puxaram todos para o pai