Beatriz olhava pela janela do quarto do hospital, as luzes da cidade refletindo em seus olhos cansados, mas firmes. Com os braços cruzados sobre a barriga ainda sensível da cesariana, ela suspirou e disse:

— Amor, eu não quero avisar minha mãe agora… nem meu pai. Nem ninguém da minha família. Não enquanto nossos filhos não estiverem em casa, com a gente, no rancho.

Dereck virou-se para ela, surpreso.

— Tem certeza, meu amor?

Ela assentiu, a voz firme.

Beatriz estava deitada na cama, as pernas ainda levemente elevadas por causa da recomendação médica, quando olhou para Dereck com uma expressão decidida. A luz suave que entrava pelas cortinas do quarto deixava o ambiente mais íntimo, quase como se fosse um pacto secreto prestes a ser selado.

— Amor… — ela começou, a voz baixa, mas firme — eu já pensei bastante… e decidi que só vou avisar a minha mãe, o meu pai e toda a minha família depois que os bebês estiverem no rancho, nos noss