O sol começava a se despedir do céu quando a caminhonete preta atravessou os campos que cercavam o Rancho Langford. O clima estava morno, mas um silêncio pesado envolvia tudo ao redor. Ao volante, um dos agentes do programa de proteção dirigia em silêncio. Ao seu lado, Helena observava a paisagem com olhos atentos. No banco de trás, Lia mantinha as mãos entrelaçadas, o coração batendo acelerado. Fazia dias que o pavor a dominava — dias em que saber que a filha estava viva, mas nas mãos da mulher que por tanto tempo fingiu ser amiga, a corroía por dentro.
Quando o carro parou diante da casa principal do rancho, o portão já estava sendo aberto por um segurança. Lily correu do jardim em direção à entrada da casa, segurando um ursinho de pelúcia, os cabelos castanhos voando e os olhos castanhos claros cheios de expectativa.Lia desceu primeiro, abrindo os braços.— Lily! Minha princesa!A menina correu para ela, mas, diferente de outros tempos, não so