O cheiro de café ainda pairava no ar quando Hugo apareceu na sala já pronto, camisa branca com as mangas dobradas até os cotovelos e a expressão tranquila e carinhosa que ele sempre fazia questão de manter — mesmo quando tudo dentro dele estava em pedaços.
As crianças corriam pela casa em busca de meias, mochilas e algum material de última hora. Jéssica, entre uma olhadela no celular e um aviso sobre escovar os dentes, o olhou com intenção.
— Hoje eu levo todo mundo — ele disse, com naturalidade. — Já organizei meus horários.
— Imagina. Não precisa se preocupar, eu cuido disso. — Jéssica gostava de passar mais tempo com os filhos.
— Não é incômodo. Eu preciso disso. — Hugo estava muito abalado com tudo naquele momento.
Ela assentiu com um aceno pequeno. Não