Chegou o dia da viagem. Hugo estava irritadiço e mau-humorado durante todo o momento em que arrumavam as coisas para a partida de Jéssica.
— Não mexe aí, Caio. Pode fazer sua mãe esquecer algo. — Ele falou mais nervoso do que o habitual.
— Calma. Estamos no horário. Os documentos estão em ordem. Vai dar certo. — Jéssica tentou acalmar o homem nervoso à sua frente.
— Não é isso... É só... Vamos, gente, não podemos nos atrasar! — Ele chamou de novo para ir. No fundo, estava com medo. A insegurança de pensar se conseguiria fazer as coisas sem Jéssica o corroía.
Nunca precisou tomar conta dos filhos sozinho. Desde que chegou em sua vida, Jéssica esteve ali e o ensinou o valor de ter um parceiro. Alguém que o ajuda nos momentos difíceis. Que o ampara e dá carinho.
Por mais que tentasse evitar, a sensação de estar novamente sendo abandonado o corroía.
Um medo crescente de que ela arrumasse um americano bombado e interessante e decidisse nunca mais voltar para casa. Para ele.
Jéssica e