No caminho até Pedra Branca, o silêncio dentro do carro era tenso.
As crianças encaravam aquilo como uma oportunidade de viajar. Já os pais estavam sendo arrastados para algo que trazia muita tristeza e dor.
Apesar de Maria e Caio ainda carregarem marcas do que aconteceu ali, o amor que recebiam dos pais era tão profundo e tão saudável que curou muitas das feridas.
Jéssica queria acreditar que o amor que nutria pelos filhos — e pela nova vida — fosse suficiente para lhe dar forças para enfrentar tudo aquilo.
Conforme Hugo se aproximava do local onde ficariam hospedados, ela se encolhia no banco.
— Não me diga que...
— Desculpe, amor. Era o único lugar disponível... Eu juro que tentei encontrar outro, mas não consegui.
Ele estacionou diante da casa que pertencera ao avô dela. A herança de Jéssica. O lugar onde vivera momentos de profunda alegria... e também de intensa dor.
A fachada permanecia inalterada. O novo dono manteve tud