Hugo chegou à empresa mais calado do que nunca. Os passos firmes contrastavam com o turbilhão que girava dentro dele. A conversa com Valdo ainda martelava em sua cabeça. O rapaz estava completamente alucinado — e perigosíssimo.
Aquilo ia muito além de uma disputa comercial. Era pessoal, visceral, uma vingança costurada com tempo e rancor.
Assim que entrou na sala, chamou Alexandre imediatamente.
— Precisamos conversar. Agora.
Alexandre entrou sem questionar, assustado com o tom do amigo. Hugo fechou a porta e respirou fundo antes de começar a contar tudo: a verdadeira identidade de Valdo, a história da mãe, a dor, o abandono e a ameaça. Cada pedaço daquela descoberta era tão surreal quanto doloroso.
— Então o tal Valdo... é o Denis? — Alexandre perguntou, perplexo.
— É. O filho da Candelá