Jéssica andava pelos corredores do hospital, os olhos fixos nos colegas de trabalho que, com expressão mecânica, atendiam os pacientes.
A proibição de atendê-los diretamente parecia injusta e exagerada, mas ela entendeu que poderia ser muito pior.
Ela os observava, seu olhar incisivo, atento ao que acontecia com os pacientes que pareciam ser os que mais sentiam a falta dela.
Os alunos que sempre tiveram problemas com ela estavam comemorando sua ausência, mas, ao mesmo tempo, não conseguiam lidar com o vazio que sua postura deixava. O jeito humano de Jéssica estava fazendo falta, e as primeiras queixas começaram a surgir.
Ela passou pelo setor de maternidade e ouviu uma conversa entre os enfermeiros: uma paciente estava pedindo parto humanizado, e nenhum médico se dispôs a atendê-la.
— A lá... tiraram a única pessoa que poderia resolver isso aqu