P.D.V de Kaiden
Silêncio.
A cidade de Madison não emitia mais nenhum som — apenas o eco distante do que um dia foi vida. Os portões ainda balançavam com o vento, rangendo baixo, como se lamentassem por não terem se fechado a tempo, por não terem protegido ninguém dos que vieram.
Não havia sobrevivente. Nenhuma alma viva humana ou sobrenatural caminhava por aquelas ruas desertas, apenas nossos passos podiam ser ouvidos.
As ruas estavam secas, mas não limpas.
O cheiro persistente de sangue velho e carne impregnava cada canto. Janelas estilhaçadas, portas escancaradas — bocas congeladas no último grito de horror, olhos arregalados sem o brilho da vida. Onde antes havia riso, calor humano, infância, agora só restava o vazio. Um vazio que doía na alma.
Mais de quinhentas crianças.
Semi-devoradas. Destroçadas. Mortas.
Não em um ataque cẹgo de feras selvagens, mas por mãos conhecidas.
Pais. Tios. Irmãos.
Usados em um plano crụel e meticuloso — arquitetado por lobos, sem limites, s