Olívia Harris sofreu um acidente no dia mais esperado do ano, o que a deixou em coma por um longo período. Quando ela acorda, a realidade não é a mesma e algo chocante aconteceu: seu ex noivo e sua irmã estão prestes a se casar, a medida que Olívia vai se lembrando dos acontecimentos do dia do acidente, ela vai descobrindo o real motivo de ter caído e que talvez sua queda não tenha sido acidental. Em um momento de completa confusão mental, Joshua Hoke, um milionário observador e silencioso, que também está em busca de sua própria vingança e liberdade, vai estender-lhe a mão para realizar seu tratamento e ir em busca da verdade. Os dois começarão suas vinganças juntos, mas desenvolverão algo além do combinado entre eles. O único problema é que Joshua Hoke é ninguém menos que o ex sogro de Olívia.
Ler mais— Você aceita se casar comigo, Olívia? – ele perguntou ajoelhado no chão.
— SIMM, oh meu Deus, sim. — respondi completamente emocionada, as lágrimas desceram tão rápido em meu rosto, mas o sorriso em meus lábios foi o protagonista daquele momento.Eu esperei tanto por isso, o dia em que finalmente estaria noiva de Martin Hoke, meu namorado que conheci na faculdade. Nossa relação sempre foi boa e eu sonhava com esse pedido desde o ano passado, temos tantas metas e sonhos para realizar juntos, mal posso esperar por isso.— Agora sim, que maravilha. — minha futura sogra, Janine Hoke comentou.— Ahh, eles são tão bonitos. — minha mãe comentou.De repente todo mundo começou a se abraçar, minha irmã Dalila me abraçou também, ela parecia muito feliz por mim. Dalila é minha irmã mais nova, temos uma diferença pequena de idade. Ela me salvou de um afogamento quando éramos crianças e acabou doente por causa disso, desde então meus pais sempre deram muita atenção a ela, eu não acho ruim, porque por causa dela eu estou viva.— Fico feliz que vão se casar. — ela disse rindo.— Obrigado, Dalila. — Martin respondeu.— Então, vamos comemorar. — dona Janine falou animada.Ela compareceu sozinha ao nosso jantar em família, seu marido, o senhor Joshua Hoke não pôde vir, está supervisionando seu mais novo investimento, no Havaí, onde também é a terra natal dos Hoke.Eu me sentei ao lado de Martin na mesa, nossa comemoração foi muito boa, estávamos em um hotel da família do meu noivo, na Califórnia.Dalilla de repente teve uma crise de tosse, como é costume dela ter, meus pais levantaram as pressas para socorrê-la, até Martin levantou para dar suporte. Têm sido assim desde sempre.— Quer ir ao hospital? – perguntei.— O que? Não, não quero estragar sua comemoração. – ela respondeu com dificuldade.— Não pense nisso, você não está atrapalhando. – respondi.— Vamos, vou levar você para o hospital. – meu pai falou.— Vamos, eu vou junto. – minha mãe respondeu.— Não, mãe e pai, eu estou bem, parem com isso, não vamos estragar o noivado, eu já disse que estou bem. – ela falou firme.Meus pais voltaram a se sentar, nós bebemos mais um pouco e tentamos retomar a conversa amigável, mas Dalila teve outra crise e pediu licença para subir ao quarto. Martin se ofereceu para levá-la e não deixá-la sozinha, para o caso dela ter outro ataque.— Você é um rapaz muito prestativo, Martin. — meu pai disse. — Seria o bom tipo de marido para Dalila.Não pude deixar de sentir a tristeza dentro de mim, meus pais sempre fazem essas comparações entre nós duas, sendo Dalila uma mulher doce e meiga que merece tudo de bom e eu a filha que sabe se virar sozinha. Mas como eu disse, eu não a culpo, Dalila não tem culpa de ser doente.— Ora, papai, não diga besteiras, Martin vai ser um bom marido para a mulher que ele escolheu. — minha irmã rebateu.— Sim, eu sei, mas você precisaria muito mais. — ele tentou se explicar.— Obrigada pelo elogio, senhor Harris, tenho certeza que Dalila encontrará um homem como eu. — meu noivo respondeu.Os dois foram até o elevador e eu fiquei naquele silêncio desconfortável com meus pais e a senhorita Janine, que me salvou em vários momentos ao puxar assunto.— O que pretende fazer depois que terminar a faculdade, Olivia? — foi uma de suas perguntas.— Oh, eu vou fazer um estágio em uma das empresas do meu pai, depois, quem sabe. – respondi verdadeiramente.— Eu entendo. Você vai ser uma gerente muito competente. Veja, Martin está a ponto de assumir as empresas do meu marido, Joshua está treinando-o para isso. – ela comentou.— Oh, que notícia boa, vejo que ele é muito dedicado, olha só, se ofereceu para cuidar de Dalila. – minha mãe disse.Eu fiquei observando o tempo, aguardando que ele voltasse. Meus pais se levantaram da mesa e eu ouvi:— Se nos der licença, senhora Hoke, vamos ver como Dalila está. – minha mãe quem falou.— Claro, espero que esteja tudo bem com ela. – dona Janine respondeu.Meus pais saíram sem dizer nada para mim, apenas levantaram da cadeira e seguiram seu rumo, me deixando sozinha com minha futura sogra. Acho que a família de Martin pode ser uma boa família para mim, pelo menos a dona Janine não me trata com desdém ou tenta me colocar para baixo.— Bom, se quiser ir atrás da sua irmã, Olivia, pode ir. – ela disse.— Ok, obrigada por entender. – respondi sem graça.Eu a deixei bebendo na mesa e fui.Segui para o quarto da minha irmã, mas ela não estava, meus pais não atenderam a porta quando eu bati, então segui procurando por Martin, talvez minha irmã tenha passado mal em algum local do hotel.Eu segui pelo corredor do primeiro andar, mas não os encontrei, segui pelo segundo andar e também nada de Martin, fiz a mesma coisa no terceiro andar e não o encontrei. Achei estranho o seu sumiço, mas imaginei que talvez ele estivesse num local mais reservado para resolver algum problema com o pai, é muito comum o senhor Hoke ligar para Martin e ele precisar de privacidade.Minha intuição estava apitando, alguma coisa me dizia que nada de bom aconteceu, eu perguntei a um segurança que estava no corredor se ele havia visto pessoas com a descrição dos dois, ele disse que não, mas que talvez estivessem na "área de descanso" no terceiro andar, eu segui até lá, um espaço completamente aberto e cheio de mesas, havia um bar mas já estava fechado por conta do horário. O local é bem aberto e acima entra bastante sol pois é aberto, achei bastante peculiar.Estava bem escuro, então não vi ninguém, eu virei para ir embora, quando ouvi o barulho de uma mesa se mexendo, me assustei rápido e voltei a olhar, segui em direção ao barulho e tudo foi ficando mais claro. Eu cheguei no canto da área, na última mesa, meu coração deu um pulo, mesmo se fosse em uma escuridão total, ou mesmo se eu fosse cega, ainda saberia que Martin e Dalila estavam ali. E o pior, estavam se beijando e fazendo sexo em cima da mesa.— Mas – engoli em seco. — Que merda é essa? – gritei.Comecei a ouvir um barulho esquisito no meu ouvido, minhas pernas perderam completamente a força e parece que meus braços também.— Olívia. – ele se assustou e tentou vestir sua roupa.Dalila nem se mexeu, apenas permaneceu imóvel, de costas para mim, Martin conseguiu levantar sua calça, mas meus olhos já estavam banhados pelas lágrimas, na verdade minha mente estava perdida, eu estava perdida.— Como você pôde fazer isso? Eu.. você acabou de me pedir em casamento. — eu berrei.— Calma. Olivia, vamos conversar. — ele deu um passo a minha frente.— Não há nada para conversar, ela nos pegou transando, Martin, diga a verdade, estamos apaixonados. – Dalila finalmente disse algo.— O que? Que palhaçada é essa? — questionei encarando os dois.— Isso mesmo, ele só está com você porque você é burra e faz tudo por ele. — ela respondeu.— Do que você está falando, sua traidora... – eu sussurrei. — Vou dizer a todo mundo que você é uma vadia que transou com meu noivo, e você, Martin, nunca mais fale comigo, tenho nojo de vocês dois... — virei as costas e corri.Eu corri tanto, mas ao mesmo tempo não fui muito longe, me apoiei na mureta de segurança , senti minhas pernas faltando a força. Eu quis me enfiar em um buraco. Acho que meu corpo pesou tanto para a frente, porque senti a impressão de ser empurrada para as muretas de proteção do prédio, pois em um momento eu estava segurando, de cabeça baixa, no outro eu estava... despencando, meu corpo era empurrado para baixo e a última coisa que eu vi, foi o corrimão da mureta de proteção, depois disso, senti minha cabeça pesada e depois a escuridão me tomou.Meus amigos estavam se preparando para entrar no lugar, Alexander ficou em casa, guiando a missão de longe, acho que o filho dele ficou doente e meu amigo é completamente obcecado pelo filho e a esposa. — Dois minutos até os portões abrirem para os convidados. — Hunter informou, seus olhos estavam focados na tela do celular por onde ele via a movimentação da propriedade à nossa frente. — Ok, hora da ação. — Slayer confirmou. — Você está bonitão, Skull, parece até um homem pacífico e decente. — o desgraçado riu. — Vai tomar no cu. — respondi e os dois gargalharam. Exatamente às 00:00 nós entramos no carro e seguimos junto da fila de outros carros, estávamos usando nossas máscaras, o "evento" de hoje só aceita "convidados" que estão com o rosto coberto, é uma medida de segurança para os organizadores dessa porra de lugar. Eu dirigia o carro tranquilamente, cumprimentei o segurança que estendeu a mão para receber nossos convites, entreguei os três, ele conferiu tudo e nós en
Eu ainda sinto o cheiro dela, ainda sei como é a sensação de ter seu corpo em cima do meu. Cassidy não é mais uma adolescente, pelo contrário, aquela safada cavalgou em mim como muito profissionalismo... porra, que cavalgada gostosa... — Kai? — Joshua me chamou. — Sim? — Você está viajando, ouviu o que eu falei? — perguntou. — Não, não ouvi. Desculpe, estou um pouco cansado. E é verdade, eu não sei mais o que fazer, ninguém me deixou tão aceso como ela, eu tento, eu procuro outras mulheres mas elas não me satisfazem naquela forma, cara, como ela é apertada e. — KAI. — Josh gritou. — Está cansado mesmo, vá para casa dormir. Eu estava dizendo para você não faltar amanhã, Olívia te mataria. Ah, é, é aniversário do meu irmão e mesmo contra a vontade dele, minha cunhada faz alguma festinha todo ano, só com a família, mas ele já se acostumou, todos nós acostumamos. Aceitei ir para casa, eu realmente não estava muito bem hoje. Cassidy já está praticamente formada, ela
— Você já está bonita assim, Cass. — Peter falou. — Eu sei, mas é a sua família, preciso pelo menos parecer apresentável, e se eles descobrem? — indaguei. — Não vão descobrir, somos melhores amigos, lembra? Todo mundo acha que somos apaixonados um pelo outro. — ele riu. — Bom, eu me apaixonaria por você, se você deixasse... — Peter — sorri. — Você já está apaixonado pelo seu colega de time, esqueceu? — Não, mas você sabe que eu gosto das duas coisas. — deu de ombros. Eu e Peter já estamos há anos "namorando", bom, pelo menos é o que as pessoas pensam, nós dois até saímos algumas vezes e rolou muita coisa, mas Peter é bissexual. Ele é a melhor pessoa que eu já conheci, inteligente, estudioso, talentosíssimo, um verdadeiro cavalheiro. Mas, a família dele ainda é bem fechada em relação a isso e até aceitariam o fato dele ser bi, mas jamais aceitariam um relacionamento com outro garoto. Por isso, eu e ele somos namorados apaixonados, o que não é ruim de toda forma, por s
— Posso tirar? — pedi. — Ainda não, só mais um pouco, ansiosa. — ele riu. Joshua me acordou cedo hoje, bem, relativamente cedo já que passamos a noite inteira fazendo amor e eu dormi exausta. Mas assim que eu consegui abrir os olhos, ele já estava me aguardando e disse que me levaria a um lugar hoje. Estamos andando há alguns minutos e finalmente paramos. Eu podia ouvir o barulho de árvores e canto de pássaros. Ele retirou a venda dos meus olhos devagar e eu pisquei algumas vezes para me acostumar com a visão. — Joshua... — sussurrei de olhos arregalados. Nossa família inteira, incluindo meus filhos, estava no jardim de uma mansão enorme, sorrindo e acenando para mim. — Amor, comprei essa casa para nossa família. — Ele me abraçou. — Aqui nós vamos criar nossos filhos e viveremos pelo tempo que a vida quiser. — Joshua, por que você é tão perfeito assim? — perguntei chorando. — Eu te amo tanto. Ele me beijou e segurou na minha mão, me levando para conhecer o lugar
Descobri porque meus filhos gostam tanto da casa do meu pai, no domingo à noite eu e Joshua passamos lá só para conferir como eles estavam, encontramos os quatro dentro de uma cabana feita com cadeiras e lençol, meu pai tinha um livro colorido na mão e lia uma história para os três, Cassidy quem abriu a porta, Michael vinha da cozinha com pipoca e suco em uma bandeja. — Pai, assim você vai tirar meus filhos de mim. — falei rindo. — Só passamos para dar um beijo em vocês, estamos vindo da casa da Morg. — Podem dormir aqui, se quiserem, mas a cabana é apenas para os três netos mais inteligentes do vovô Ivan, quem são eles? — perguntou como um professor no meio de uma aula. — K1 — Kaili levantou a mão. — K2 — Keanu completou. — Nana — Ivana também levantou. Fiquei embasbacada com isso. Olhei para Joshua e ele se segurava para não cair na risada. Achei a coisa mais fofa do mundo, me abaixei na porta da cabana e beijei os três. Ivan me acompanhou até a porta. — Obrigada
Como Joshua disse, a família inteira comemorou nossa novidade, claro que Kai e Dylan fizeram piadas sobre estarmos montando um time de futebol, mas os dois também ficaram muito felizes. — Minha filha, estou tão feliz, meus netos são a coisa mais linda da minha vida, assim como meus filhos. — papai me abraçou. — Obrigada, pai, nós te amamos muito. Eu, Ivan e meus irmãos estávamos mais unidos do que nunca, como uma família de verdade deve ser. Eu realmente não me lembrava mais de como era crescer em uma família sem amor, porque os três me rodearam com tanto carinho, que se tornou algo que faz parte de quem somos. Eu nunca mais tive notícias da minha mãe e estava bem com isso, a última coisa que soube é que eles estavam tentando se virar, moraram na rua um tempo, pelo que entendi, Dalila achou que deveria trabalhar como acompanhante depois que saiu da cadeia e parece que a renda deles vinha daí. Me culpei por um tempo, mas depois eu entendi que não se pode ajudar quem não quer
Último capítulo