Durante todo o dia, Victor foi muito simpático com a minha mãe e eu peguei os dois cochichando algumas vezes. Em alguns momentos, ele falava com ela com autoridade e ela só assentia com a cabeça nervosa.
A noite, quando ela fazia as malas, eu fui conversar no seu quarto.
— Por favor filha! Veja bem o que vai fazer! Esse homem não é de brincadeira!— ela dizia guardando seus pertences numa pequena mala de mão.
— Não se preocupe, mãe! Eu já sei o que vou fazer, mas não se iluda, eu não vou demorar a voltar para casa.
Minha mãe me olhou séria e preocupada.
— Filha, você o ama, não vai mais viver sem esse homem! Ele tem o poder de persuadir, aceite!
— Ele tem todo tipo de poder, se é que a senhora me entende!— eu retruquei cruzando os braços, me balançando.
Minha mãe parou de fazer as malas e segurou os meus braços falando apavorada:
— Esse homem é perigoso, filha! Cuidado! Pense bem no que vai fazer! Ele é orgulhoso e vingativo!
— E foi para ess