Naquele dia, Arthur me achou estranha. Eu estava quieta, distante.
  — Está assim porque o casamento está próximo, é perfeitamente normal, Nora!— ele disse preocupado.
  Eu suspirei entristecida o dia inteiro. Arthur perdeu a paciência.
  — Eu não me importava que desistisse de se casar comigo, se ele ao menos te amasse, Nora!
  Voltamos para casa mais cedo e tivemos uma despedida fria na porta da minha casa.
  Eu não queria magoá-lo, mas também não gostava de me sentir daquele jeito. Confusa, perdida. Uma tinha um vazio no peito que me consumia.
  Fiquei no meu quarto até ouvir o barulho de carros parando na minha porta e corri para a sacada.
  Ele desceu do carro. Eu vi o meu amor olhando para cima. Ele entregava o Júnior para Ana.
  Eu desci as escadas correndo, o coração acelerado gritando desesperado para se jogar naqueles braços e dizer que nada mais importava, que eu o amava e que eu só queria o seu amor, eu não podia mais viver sem o seu cheiro.
  Quando enfim, eu cheguei n