Alpemburg
Enquanto Odette e Max discutiam fervorosamente, trocando acusações, fechei meus olhos e deixei-me sentir todas as dores que sabia por antecedência que meu feito causaria. Tentava prestar atenção ao que diziam, mas minha mente só trazia o momento em que vi Donatello jogado no chão, com o sangue escorrendo pelo rosto e as pernas assustadoramente parecendo não pertencerem a ele, como se fossem de elástico, perdendo completamente a rigidez que as deixavam retas.
Balancei a cabeça, tentando me livrar daquilo, mas não conseguia. O carro ia em alta velocidade e os dois ainda discutiam.
— Por enquanto não há nada na internet. — Odette virou-se na minha direção, avisando.
Deitei no banco traseiro, me encolhendo feito um bebê, as lágrimas ainda tomando posse de mim, como se não fosse possível parar nunca mais.
— Faz dez minutos — Max gritou. — Queria que já estivesse tudo na mídia? Esqueceu que ela matou o homem que registrava tudo?
— Eu... O matei? — perguntei, soluçando.
Max não res