Ouvi o som da porta do box abrindo e Odette ajustou a temperatura, deixando a água um pouco mais morna. Não deixou que eu pusesse shampoo nos cabelos, fechando o registro e me puxando para fora, enquanto enxugava meus cabelos com uma toalha.
Assim que ela enrolou a toalha nos meus cabelos úmidos, peguei outra e sequei o corpo, colocando em seguida o roupão de tecido macio e confortável que me foi entregue, pondo por último a calcinha.
Percebi que mesmo tendo saído do banho, ainda chorava, sem me dar em conta.
Cheguei no quarto e havia uma xícara de café puro fumegante ao lado da cama.
— Beba tudo. Não tem açúcar, mas é proposital. Vai deixá-la sóbria.
Não contestei. Sentei na cama e bebi o café forte, fazendo careta. Olhei-a:
— Eu... Tenho consciência da porra que fiz... — admiti.
Odette pegou o celular e deslizou os dedos, me olhando em seguida:
— Por enquanto não há nada na mídia. É melhor que descanse, Aimê. Amanhã terá um longo dia pela frente.
— Eu... Não fiz por querer. E por qu