Eu estava incrédula com tudo que eu havia acabado de escutar. O choque era avassalador, e as palavras de Emma ecoavam em minha cabeça. 'O seu avô foi muito bom conosco... por gratidão...'.
Emma pedia desculpas a Léo por ter guardado o segredo.
— Eu me sentia na obrigação de proteger a sua mãe, senhor. Como forma de gratidão ao senhor Francesco e à dona Clarice — ela dizia, a voz embargada pelo choro.
— Eu preciso ligar para o meu avô — Léo falou, saindo do cômodo e entrando no escritório da mansão.
— Não faça isso, senhor. Fellipe não precisa saber que não é nosso filho — Louis implorou, o rosto pálido e a expressão de desespero.
— Como ele não precisa, Louis? — Léo respondeu, a voz cheia de raiva.
Eu, percebendo a seriedade da situação, me aproximei de Léo.
— Léo, senhor Francesco já é bem idoso. Não seria melhor se nós o poupássemos de tanto estresse? — eu falei, a voz suave, cheia de carinho.
— Não, Helena. O meu avô é o único que vai saber resolver isso — Léo respondeu, com a voz