Violeta
A manhã seguinte chegou e, como uma garota da vida, Manu já estava com as suas malas prontas. Deixei Pietro na creche, sem olhar na cara da minha irmã. Ela estava saltitante como se tivesse ganhado um grande prêmio, mas eu não estava disposta a discutir mais.
Quando Dimitri chegou para buscá-la, mal eram 9 da manhã. Olhei para ele com nojo, e a minha irmã veio se despedir de mim, como se tudo estivesse bem. Tentei segurar as lágrimas, mas era impossível.
— Venho visitá-la, irmã. Pode ir lá sempre que quiser também, creio que Italo não será contra — ela disse com um sorriso, como se estivesse se despedindo para uma viagem qualquer. Eu não respondi, estava magoada demais com ela e com a sua disposição para ser amante.
— Cuide da minha filha — a minha mãe disse, como se estivesse entregando uma filha para o casamento e não para a prostituição.
— Non si preoccupi, signora — Dimitri respondeu, com a voz galante e com ares de cafajeste. Ele não parecia interessado na