O salão estava iluminado com lustres imensos que derramavam uma luz dourada sobre mármore claro, colunas altas e espelhos ornamentados que multiplicavam o brilho das velas acesas. Havia música suave de piano ao fundo, risadas contidas, o tilintar de taças de cristal. Cada detalhe parecia calculado para impressionar e impressionava.
Mas nada, absolutamente nada, capturava mais atenção do que a figura que surgia agora na entrada.
Clara.
O vestido vermelho era uma chama viva entre os ternos escuros e os vestidos em tons discretos. O tecido abraçava cada curva do corpo delicado e a fenda lateral, ousada, denunciava a pele da coxa com cada passo que ela dava. As ondas negras dos cabelos caíam sobre os ombros, refletindo a luz em tons quentes. Os diaman