“Você não me conhece, e tenha certeza jamais me conhecerá.”
— Sempre foi assim, não é? — Os dedos da loira deslizavam pelo peito dele como serpentes, insinuosos, venenosos, cientes do efeito que causavam. — Você tenta fingir indiferença, mas seu corpo nunca mente para mim. — O sorriso dela era uma navalha, triunfante, e cortava a pele de Clara mesmo à distância. — Não precisa dizer nada, Lucca. Eu sei do que gosta na cama e posso te dar exatamente isso.
Ele não respondeu. O silêncio era a sua defesa, mas os olhos azuis dele encaravam Annelise endurecidos, faiscantes, revelando uma fúria que não precisava de palavras.
Do outro lado do salão, Clara se encontrava sozinha