Capítulo 96
Na manhã seguinte, Armand desceu primeiro da limusine, elegante como sempre, de terno impecável, óculos escuros e aquela postura de homem que carrega o mundo nas costas. Estendeu a mão para Júlia, que desceu logo em seguida, linda, com um vestido que marcava suas curvas sem exagero.
Os dois entraram juntos no prédio. O saguão parou. Todos olharam. Ninguém precisava ser gênio pra perceber que tinha algo diferente ali. A forma como ele segurava a mão dela, a maneira como caminhavam lado a lado, como se não existisse mais ninguém no mundo.
Margot, que estava na recepção, praticamente travou. A cara dela foi de puro veneno. Arqueou uma sobrancelha, apertou os olhos e cruzou os braços, acompanhando com o olhar cada passo deles até sumirem no elevador.
Assim que as portas se fecharam, ela virou para Amanda, que se aproximava com o copo de café na mão.
— Você viu isso, Amanda? Pelo amor de Deus! — bufou, revirando os olhos. — É muita cara de pau! Agora virou modinha ser amante do