Capítulo 66
Depois de alguns dias internado, finalmente Théo saiu do hospital. O médico recomendou repouso absoluto, mas ele não tinha tempo a perder. O motorista o deixou na porta de sua cobertura no centro da cidade, e assim que entrou, respirou fundo, sentindo o cheiro familiar do couro dos móveis e da madeira encerada.
Sem perder tempo, fez uma ligação rápida.
— Preciso de uma enfermeira, em tempo integral. Hoje mesmo — ordenou, com a voz firme.
Horas depois, a campainha tocou e uma mulher de jaleco branco, expressão serena e olhar atento, entrou.
— Boa tarde, senhor Théo. Sou Helena, enfermeira particular.
Ele assentiu, sem muitos rodeios, indicando o quarto de hóspedes.
— Você vai ficar instalada ali. Preciso de alguém por perto caso eu precise, mas meu foco está no trabalho.
— Claro, senhor — respondeu, mantendo o profissionalismo.
Enquanto ela organizava seus materiais, Théo foi até o escritório. Ligou o notebook, conectou-se aos sistemas de segurança que ele mesmo havia insta