Capítulo 37
Alana entrou na sala e, assim que fechou a porta atrás de si, soltou o ar que nem percebia estar prendendo. O peito subia e descia rapidamente, como se tivesse acabado de correr uma maratona.
Caminhou até a janela, passou a mão pelo rosto e mordeu o canto do lábio, sentindo o nó na garganta apertar ainda mais. Tudo parecia desabar dentro dela, mas precisava manter o controle. Não ali. Não agora.
Sem pensar duas vezes, desviou para a porta lateral do banheiro privativo. Entrou, fechou e encostou as costas na madeira fria.
Apoiou as mãos na pia e encarou o próprio reflexo no espelho: o olhar tenso, as sobrancelhas franzidas, os ombros rígidos.
— Respira… — sussurrou para si mesma, fechando os olhos e inspirando profundamente.
Jogou um pouco de água no rosto e permaneceu ali por alguns segundos, tentando organizar seus pensamentos. “Não posso me deixar afetar por isso. Não posso.”
Quando se sentiu um pouco mais estável, enxugou o rosto, ajeitou o cabelo e voltou para a sala.