Capítulo 11
O despertador mal havia tocado e Leonardo já estava de pé. Espreguiçou-se rapidamente, coçando a cabeça ainda meio sonolento. Estava determinado a chegar cedo na empresa, não por obrigação, mas porque, depois da noite anterior, uma certa mulher de pernas irresistíveis não lhe saía da cabeça.
Colocou o terno largo de sempre, confortável, prático. No espelho, fez o ritual já conhecido: uma boa dose do seu gel preferido para ajeitar os fios rebeldes invisíveis. Passou o pente pelo cabelo, com o estilo que já era sua marca registrada, cortado ao meio e colocou o aparelho móvel.
Pegou a mochila com o notebook e saiu apressado de casa, pulando os dois últimos degraus da escada do prédio. O ar da manhã o fez despertar de vez, e ele puxou o fôlego como se aquilo fosse dar energia para aguentar o dia.
— Hoje eu vou chegar antes dela — disse consigo mesmo, ajeitando os fones no ouvido, como se aquilo fosse uma missão.
Enquanto caminhava rumo ao metrô, não conseguia evitar os pensame