Mundo de ficçãoIniciar sessãoTomei café da manhã acompanhada de Caroline, Thomas e mamãe, ao terminar fomos para fora nos despedir.
-Quando iremos nos ver de novo Caroline?! -Não sei Maninha. Caroline suspira voltando-se para a mamãe. -Não chora mamãe, prometo vir o mais depressa possível. Caroline fala abraçando-a. -Quem está chorando? Mamãe fala com os olhos rasos de lágrimas. Caroline e Thomas entra no carro e da partida. Mamãe e eu ficamos olhando até o carro sumir de vista. É quando me dou conta que também preciso ir. -Estou indo mamãe cuide-se. E trate de não chorar quando eu sair daqui. Sei que está só esperando para entrar e olhar o álbum de fotos meu e da Caroline de quando éramos crianças e derramar um rio de lágrimas. Tá na hora de mudar. -Não se preocupe filha irei ficar bem. -Assim espero. Digo dando-lhe um beijo na testa. Pego o metrô, caminho uns dois quarteirão até chegar a empresa, já fazem cinco anos que faço o mesmo caminho, amo meu emprego, comecei como estagiária aos 19 anos de idade. E com um ano depois fui finalmente contratada. É uma empresa maravilhosa que deu-me a oportunidade quando mais precisei, época em que Caroline tinha 24 anos e recebeu a proposta de trabalho na cidade vizinha, ela nos mandou dinheiro por um ano até eu ser contratada de fato pela empresa. O que faço é muito simples, atender ligações, fazer anotações dos pedidos de clientes e transferir ligações importantes para o gerente. Sou secretária da empresa florais perfumes adoro entrar e sentir o cheiro delicioso de rosas. Cheguei, e como sempre, portas de vidro abrem para que eu possa passar, é o único momento em que me sinto "dona" da empresa. -Bom dia Lúcia. Falo com a atendente de aparência atraente que está atrás do balcão. Sempre quis entender o porquê de colocar alguém bonita para o atendimento, até Lúcia conseguir vender um perfume para um homem que veio pedir somente uma informação. -Bom dia Laura! Minha nossa! Estou vendo que pegou um belo bronzeado. Eu estava de calça azul escura e uma blusa branca de mangas curtas. -Você é bem observadora. Digo soltando um sorriso e seguindo para o elevador, desso no segundo andar e caminho até a minha sala, que gosto de chamar de escritório. Não tinha uma quando cheguei. Na verdade, fui treinada pela Lúcia para ser vendedora, até meu chefe me perceber e dizer que eu tinha potencial e que, iria me dar a oportunidade de prova-lo, e até então estou tentando não decepciona-lo. Sento na cadeira, dou uma olhada no percentual de vendas, e percebo que nós temos melhorado bastante nos últimos dois anos, somos uma empresa nacional mas meu chefe quer superar e atingir o nível internacional, e se continuarmos assim iremos conseguir. Olho os pedidos dos clientes, quais os níveis de insatisfação e como podemos melhorá-los. O telefone toca. -Florais perfumes, aqui é Laura falando, bom dia! -Laura é a Lúcia desce aqui rápido, você não vai acreditar, vem logo. E desliga o telefone. Desso depressa e sigo em direção ao balcão. -Espero realmente que seja um bom motivo Lúcia, por que se não... Ela aponta para traz. E então viro-me. -O que você está fazendo aqui? Falo sem pensar, ele dar um sorriso de tirar o fôlego. -Desconfiei que trabalhasse aqui quando a vi correndo feito uma louca na calçada, mas não pensei que fosse a secretária, achei que fosse alguma vendedora ou atendente. -Seu grosso. Digo demonstrando irritação. -Laura não é?! Pode me informar onde fica a seção de fotos, Lúcia disse que era no prédio ao lado mas não vi ninguém lá, a não ser homens trabalhando. -Sim, claro, fui informada que iria ser no quarto andar, já que o prédio ia começar a reforma hoje. Você vai ser um dos modelos candidatos? -Não. Irei coordenar os modelos que virão. Obrigado pela informação Laura. Ele sai dando uma piscadela. Como pode ser tão irresistível pronunciando meu nome?! Tento não bufar enquanto o observo se afastar. Parece que o dia será cheio. -Você é corajosa Laura. -Porque está me dizendo isto Lúcia? -Não achei que ele fosse aparecer. Faz treze anos que não o vejo. E como cresceu, está tão lindo. -Você acaba de falar com o David Richard filho, o filho do chefe. -O QUÊ! Tento me segurar para não desmaiar, é a primeira vez que necessito me afastar do cheiro das flores.






