Clara
Eu não queria mais pensar. Não queria mais refletir sobre a dor que estava martelando minha mente. Depois que Jason foi embora, meu coração ainda batia acelerado, mas meu corpo estava exausto. Eu sentia que estava à beira de um colapso, sem mais forças para lutar contra a tempestade emocional que me consumia. Então, tomei uma decisão impulsiva.
Após encerrar o atendimento na floricultura, peguei meu casaco e fui embora da floricultura, sem rumo certo. As ruas da cidade estavam vazias, e as luzes dos postes iluminavam o caminho solitário à minha frente. Não havia uma razão específica para ir, exceto a necessidade de afastar a angústia que me sufocava.
Entrei em um bar, quase sem perceber o lugar onde estava. A música alta e as conversas distantes me cercaram, mas eu só consegui focar no bar. Sentei no banco e pedi uma dose forte, algo que queimasse minha garganta e apagasse os pensamentos que se repetiam em minha mente.
O primeiro gole foi amargo, mas eficaz. Uma sensação de a