Clara
O quarto era branco e cheio de luz.
A enfermeira ajeitava os lençóis e Jason, parado ao meu lado, segurava minha mão com tanta força que parecia que éramos um só.
A dor era imensa. Mas não maior do que o amor que pulsava dentro de mim. A cada contração, a imagem do rostinho que eu ainda não conhecia se tornava mais nítida em minha mente.
Respirei fundo. Olhei para ele.
— Pronta? — perguntou, com os olhos marejados e a voz embargada. — Você é forte, meu amor.
— Pronta pra te odiar quando acabar — sussurrei, rindo com dor. — Porque você quem fez isso aqui.
— Pode me odiar à vontade... só me dá essa menina. Me dá o nosso mundo e vamos ser felizes.
E então, com lágrimas nos olhos e um grito contido na garganta, Céline veio ao mundo. Junto com o meu de — que era silencioso, diferente da nossa filha. Um choro delicado. Um corpo pequeno, mas cheio de força. Uma vida que começou ali, entre amor, suor e um destino costurado com superação.
Jason chorou. Eu chorei. E naquele momento, q