POV Alice Kim
O celular vibrou sobre o criado-mudo.
Duas da manhã.
Franzi a testa, ainda sonolenta, os olhos mal abrindo enquanto esticava a mão pra alcançar a tela.
Júlia.
Abri a mensagem com a testa franzida e o coração pulando sem motivo aparente.
Júlia: “Tá tudo bem entre você e o Zion??”
Sentei na cama.
Digitei, confusa:
Eu: “Oi? Que pergunta é essa? Eu estava dormindo."
Júlia: “Porque ele tá aqui.”
Eu: “Aqui onde??”
Júlia: “No bar. Aquele bar de rock que a gente ia com o Vitor. Ele chegou com dois caras, já discutiu com o segurança e tá bebendo como se quisesse morrer.”
O coração caiu no estômago.
Júlia: “E ele tá com aquele olhar, Alice. Aquele. Isso não vai acabar bem. Tá com sangue no olho e soco na ponta dos dedos.”
Pulei da cama. Rápido. Roupas jogadas pelo quarto. Peguei um moletom e uma calça jeans qualquer, vesti como quem se preparava pra apagar um incêndio. Porque era isso que o Zion era.
Um incêndio ambulante.
E eu?
A maldita voluntária dos bombeiros emocionais.
Liguei