CAPÍTULO EXTRA
POV Zion Bellini
Acordei com o cheiro de chá.
Não café.
Chá de arroz tostado, daqueles que Alice sempre dizia que a avó preparava. E o som das vozes lá fora era baixo, ritmado. Quase musical.
Levantei devagar, com Daya esparramada no futon ao meu lado, o cabelo grudado na bochecha e um pé no meu estômago. Alice já tinha saído, claro que tinha, provavelmente ajudando a avó na cozinha ou explicando à irmã como Daya ainda não sabia coreano fluente com três anos (e como isso era um crime de traição nacional, segundo a garota).
Vesti uma blusa leve, calcei o tênis e fui até a varanda.
Alice estava ali, rindo, usando um hanbok moderno azul-claro que deixava o rosto dela ainda mais sereno. Bonita pra caramba. Ela falava com o pai sobre o plano do dia, e vi quando os olhos dela brilharam ao falar: “Quero mostrar o palácio Gyeongbokgung para ele.” E o “ele” era eu.
Meu peito inflou.
Daya acordou pouco depois, já no modo “exploração ativada”. Botou uma tiara com orelhas de gatin