407. POR FAVOR, MÃE, NÃO ME DESCOBRAS
Márcia olhava para o marido, sem poder acreditar que ele lhe tinha escondido tudo relacionado com os possíveis filhos perdidos. Ela tinha o direito de saber! São seus filhos também! Ninguém melhor do que ela para compreender, pois tinha sido abandonada por causa da sua asma à porta do orfanato onde Marlon a encontrou.
— Querida, não fiques assim — tentava tranquilizá-la Marlon, ao ver o quão incomodada ela tinha ficado. — Ainda nem sabemos se é verdade. Digo-te isto porque o pequeno Marlon já se aproximou de ti em duas ocasiões e tu nem te apercebeste. Inclusive o menino mencionou-o, e não prestaste atenção.
— Por tua culpa! Devias ter-me dito imediatamente. Tê-lo-ia retido comigo e teríamos trazido. Coitado do meu filho! Deus sabe o que ele está a sofrer — exclamou, com os olhos cheios de lágr